Diferenças entre o cérebro feminino e masculino confirmadas pela ciência
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Longe do sexismo, apenas fisicamente falando, o cérebro do homem é um pouco mais pesado do que o da mulher em razão do próprio peso corporal diferenciado. Mas, o padrão de conexão entre os neurônios dentro do cérebro é diferente entre os dois gêneros.
Os homens têm mais conexões dentro de cada hemisfério cerebral e menos conexões entre os dois lados do cerebelo – estrutura responsável principalmente pela coordenação motora. Já nas mulheres o padrão é o inverso. Isso explica porque homens e mulheres têm a mesma inteligência em potencial, mas habilidades diferentes. Os homens se sobressaem em atividades mecânicas, lógica, localização espacial matemática e motricidade robusta. Enquanto as mulheres se destacam na coordenação motora fina, na linguagem, na encenação, na realização de tarefas simultâneas e na sensibilidade para perceber sentimentos e intenções.
Algumas áreas localizadas no cérebro são ativadas de forma diferente em ambos os sexos e inclusive apresentam diferenças de tamanho. O hipocampo, área relacionada à importantes funções como a memória por exemplo, geralmente, é maior nas mulheres. A amígdala, região relacionada com as emoções e a agressividade é maior nos homens. Isso pode explicar porque elas apresentam mais facilidade em expressar a inteligência emocional e interpessoal enquanto os homens são mais diretos e racionais.
Apesar da atividade cerebral se relacionar com a interpretação das emoções, a experiência humana sofre influências do meio, da educação e da sociedade e isso pode acabar modificando algumas formas de percepção e de reação do comportamento humano. Tudo isso começa precocemente, desde a concepção e a formação do cérebro, ainda dentro do útero. Grande parte dessas diferenças se deve ao hormônio testosterona liberado pelos testículos do próprio feto na gestação. O cérebro masculino vai se moldando e se desenvolvendo de uma forma distinta do feminino quando um bebê ainda não sofreu nenhuma exposição a qualquer tipo de influência social.
Culpa também dos hormônios, ao longo da vida, a mulher está mais sujeita a apresentar variações do humor que o homem, pela relação direta dos níveis de serotonina no cérebro feminino. As oscilações fisiológicas do hormônio estrogênio em períodos críticos do ciclo reprodutivo delas como o pré-menstrual, o pós-parto e a pós-menopausa servem como "gatilhos" para a depressão, mais frequente nelas, cerca de duas vezes mais do que nos homens.
Mesmo assim isso não faz delas o sexo frágil, pelo contrário. Com tantas oscilações e descargas hormonais, elas ainda conseguem driblar as ações do seu corpo em relação à mente e ao comportamento. Uma façanha que, muito provavelmente, pelas estruturas cerebrais físicas, os homens não conseguiriam dominar.
Neurodicas
É possível trabalhar as habilidades mentais que ainda não sejam tão desenvolvidas, para isso, algumas dicas podem ajudar:
- As dificuldades em pensamento lógico-matemático podem ser solucionadas com concentração e treino diário. Tente fazer contas de cabeça ou adivinhar o preço final de uma compra no supermercado antes de chegar no caixa;
- A prática de exercícios físicos entre as mulheres, principalmente a partir dos 40 anos, diminui o risco de desenvolver demência ou dificuldades cognitivas;
- Para estimular a capacidade de localização especial, uma dica é navegar através de um vídeo game ou de jogo de computador especialmente voltados para o treino da inteligência espacial;
- Concentre-se e evite realizar atividades de modo concomitante. Elas podem atrapalhar o seu desempenho e ao invés de te tornar uma pessoa multitarefas, podem aumentar o grau de estresse e auto cobrança.